quarta-feira, 19 de agosto de 2009

MEU OCEANO


Como quem nada em um aquário
Minha liberdade é relativa
Somente nado e vago e calo
Com a suavidade de uma água viva

Minha sina de nadar em pouca água
Me ensina a viver querendo mais
Mas em estranhas profundezas
Me agarro como fazem os corais

Temendo as incertezas desse mundo
Em pequenos sonhos me aninho
e cresço nesse mar profundo
galopando em cavalo marinho

No entanto, esbarro nos limites
Que a vida cruelmente me demonstra
E pra fugir da triste realidade
Me fecho em concha feito ostra

Vivo nesse ciclo feito onda
Que bate e volta em um mar de enganos
E faço desse pequeno aquário
O espaço pra formar meu oceano

4 comentários:

  1. \Parabéns pelo Blog/ pela poesia tão expressiva...cheia de ritmo e imagens.

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  2. Nossa... maravilhosa a combinação de palavras. Parabéns!

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  3. Michele,



    Para certas viagens, não se precisa sair da própria casa.



    [Nem subaquática].






    Beijos,









    Marcelo.

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